“Meu Nome É Bagdá”, de Caru Alves de Souza, é premiado em Berlim

O filme brasileiro Meu Nome É Bagdá, dirigido por Caru Alves de Souza, ganhou o Grand Prix da mostra Generation 14plus no Festival de Berlim. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (28).

Berlinale: Seis diretoras e um filme brasileiro estão na disputa pelo Urso de Ouro
Apoie: Colabore com o Mulher no Cinema e acesse conteúdo exclusivo

A mostra Generation 14plus é dedicada a filmes que retratam a realidade dos jovens ao redor do mundo. Ao justificar a decisão, que foi unânime, o júri definiu o filme como “um pedaço generoso de liberdade, recheado de lindas amizades, música, movimento e solidariedade”. “Foi impossível não ser conquistado pela protagonista e sua comunidade, e foi impossível esquecer o clímax poderoso e glorioso deste filme. Aqui está uma prova de que a vida pode não nos dar milagres, mas que podemos vencer todos os obstáculos se seguirmos nossa paixão”, afirmou o júri, composto por Abbas Amini, Jenna Bass e Rima Das.

O longa conta a história de Bagdá (Grace Orsato), jovem 17 anos que vive no bairro da Freguesia do Ó, em São Paulo. Acostumada a andar de skate com meninos, sua vida muda quando ela encontra um grupo de garotas skatistas. A partir desta personagem, o filme aborda temas como assédio sexual, homofobia e machismo. O elenco também inclui Karina Buhr, Gilda Nomacce e Paulette Pink.

Caru Alves de Souza dirigiu curtas como Assunto de Família e O Mundo de Ulim e Oilut. Meu Nome É Bagdá é seu segundo longa-metragem, depois da estreia com De Menor (2013), e durante a Berlinale foi comprado pela empresa francesa Reel Suspects para distribuição internacional.

Meu Nome É Bagdá é um dos 19 filmes brasileiros selecionados para esta edição do Festival do Berlim. O longa Todos os Mortos, de Caetano Gotardo e Marco Dutra, está na competição pelo Urso de Ouro, e tem elenco liderado por mulheres. A produção é de Sara Silveira e Maria Ionescu.

Top