Festival do Rio: Conheça os longas nacionais dirigidos por mulheres

Vinte e três longas-metragens brasileiros dirigidos ou codirigidos por mulheres estão na programação da edição deste ano do Festival do Rio. Em cartaz de 6 a 16 de outubro na capital fluminense, o evento também exibe curtas nacionais e produções estrangeiras, completando uma seleção de mais de 200 títulos.

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Os filmes nacionais na programação do Festival do Rio estão abrigados na mostra Première Brasil. Na competição de longas-metragens de ficção, há seis filmes dirigidos por mulheres entre os onze selecionados; no caso dos documentários, são cinco de nove.

Também há filmes dirigidos por mulheres em outras submostras da Première Brasil, como Novos Rumos, Hors Concours, O Estado das Coisas e Retratos, além da seleção de curtas, que pode ser consultada aqui.

Abaixo, conheça todos os longas brasileiros dirigidos por mulheres que estão na programação do Festival do Rio. Para consultar horários e locais de exibição, acesse o site do evento.

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“A Assembleia – Brasil”
[Brasil, 2022]

Um jantar entre quatro pessoas — Carmen Silva, Cleifson Dias, Mateus Bandeira e Leandro Piquet — com posicionamentos políticos ora convergentes, ora bastante divergentes, é transformado em uma assembleia realizada por quatro atores e duas mediadoras no palco do Theatro Municipal de São Paulo. Dirigido pelas cineastas Beatriz Sayad, Heloisa Passos e Juliana Jardim.


“Belchior – Apenas um Coração Selvagem”
[Brasil, 2022]

Documentário sobre a vida e a obra do poeta, cantor e compositor cearense Antonio Carlos Belchior Fontenelle Fernandes, ou simplesmente Belchior (1946-2017). Dirigido por Natália Dias e Camilo Cavalcanti.


“Bocaina”
[Brasil, 2022]

Duas irmãs isoladas no campo acolhem um forasteiro aparentemente doente. Num jogo de duplos, elas tentam se reencontrar enquanto ele tenta confundi-las, até que um evento astronômico e inesperado vai catalisar a transformação das duas. Dirigido por Ana Flávia Cavalcanti e Fellipe Barbosa.


“Boicote”
[EUA, 2022]

Em diferentes cidades dos Estados Unidos, um editor jornalístico, um advogado e uma fonoaudióloga são informados que devem escolher entre seus empregos e suas crenças políticas. Inconformados, eles iniciam batalhas judiciais. Documentário dirigido por Julia Bacha.


“Canção ao Longe”
[Brasil, 2022]

A jovem Jimena busca sua identidade e seu lugar no mundo. Ela deseja mudar-se da casa que compartilha com a mãe e a avó e precisa romper com o pai, com quem mantém uma troca de cartas. Neste movimento, Jimena lida com sua origem, seu corpo, suas escolhas e relações familiares. Dirigido por Clarissa Campolina.


“Carvão”
[Brasil, 2022]

Numa pequena cidade do interior, uma família recebe uma proposta rentosa, mas também perigosa: hospedar um desconhecido em sua casa. Antes de ele chegar, arranjos precisam ser feitos, e a vida em família começa a se transformar. Dirigido pela cineasta Carolina Markowicz.


“De Você Fiz Meu Samba”
[Brasil, 2022]

O filme de Isabel Nascimento Silva acompanha a rotina das viúvas de cinco baluartes do samba carioca, que em um trabalho invisível se tornaram guardiãs de parte fundamental da história musical brasileira.


“Diálogos com Ruth de Souza”
[Brasil, 2022]

Documentário sobre a trajetória de Ruth de Souza (1921-2019), uma das mais importantes atrizes brasileiras, que abriu portas para artistas negros nos palcos, na televisão e no cinema do Brasil. Dirigido por Juliana Vicente, o filme mergulha na vida e na obra da atriz, combinando entrevistas e material de arquivo.


“Direito de Sonhar”
[Brasil, 2022]

Filmado no Complexo do Alemão, a maior favela do Rio de Janeiro, o documentário aborda como a ausência do Estado, a violência, o racismo e o difícil acesso à educação e à cultura afetam vidas e sonhos de crianças e jovens, e quais alternativas eles criam para superar tais desafios. Dirigido por Theresa Jessouroun.


“Fio do Afeto”
[Brasil, 2022]

Milhares de brasileiras transformaram suas vidas e contribuíram para o combate à pandemia graças a uma rede solidária de confecção e doação de máscaras. Oito dessas mulheres costureiras — quilombolas, indígenas, ribeirinhas, periféricas — revelam como se uniram para sobreviver, garantindo geração de renda e a segurança alimentar de suas famílias. Dirigido por Bianca Lenti.


“Fogaréu”
[Brasil, 2022]

Depois da morte de sua mãe adotiva, a jovem Fernanda volta para a casa de seu abastado tio na cidade de Goiás. Seu objetivo é implodir certezas e deixar surgir a dolorosa verdade sobre sua origem. Dirigido por Flávia Neves.


“Kobra Auto Retrato”
[Brasil, 2022]

Em uma noite de insônia, Kobra revê sua vida desde a infância difícil na periferia até o sucesso mundial como muralista. Nesta trajetória de vida, do grafite ilegal na cidade de São Paulo a grandes murais em mais de 30 países, Kobra passa a entender a arte de rua como voz política e democrática. Dirigido por Lina Chamie.


“Luzes, Mulheres, Ação”
[Brasil, 2022]

O filme de Eunice Gutman narra a história do movimento feminista no Brasil, desde as manifestações no início do século 20 até as mulheres que hoje se encontram em cargos públicos e vêm conquistando visibilidade.


“Maputo Nakuzandza”
[Brasil, 2022]

Amanhece na capital de Moçambique. Jovens saem de uma festa e, nos quintais, senhoras iniciam o dia. Um homem corre, uma mulher chega de viagem, um turista passeia, um trabalhador apanha o transporte público e a rádio Maputo Nakuzandza anuncia o desaparecimento de uma noiva. Dirigido por Ariadine Zampaulo.


“Mato Seco em Chamas”
[Brasil/Portugal, 2022]

Léa, Chitara e Andreia formam as Gasolineiras de Kebradas, um grupo que se apossa de petróleo e comanda uma rede de comércio ilegal de gasolina na região de Ceilândia, periferia de Brasília. Dirigido por Joana Pimenta e Adirley Queirós, foi premiado em festivais como Cinema du Réel e Indie Lisboa.


“Miucha, a Voz da Bossa Nova”
[Brasil/França, 2022]

Em estilo road movie, entre Nova York, Paris, Cidade do México e Rio de Janeiro, o documentário narra a trajetória de Miúcha, a anti-musa da Bossa Nova, que atravessa os anos 1960 e 1970 enfrentando as dores e as reviravoltas do sonho de se tornar cantora. Dirigido por Liliane Mutti e Daniel Zarvoss.


“Otto: De Trás p/ Diante”
[Brasil, 2022]

Documentário sobre o escritor Otto Lara Resende (1922-1992), que se utiliza de diferentes recursos. O ator Rodolfo Vaz interpreta Otto e Júlia Lemmertz lê trechos de sua obra, enquanto a viúva e a filha do autor mostram cartas e bilhetes inéditos. Dirigido por Helena Lara Resende e Marcos Ribeiro.


“A Porta ao Lado”
[Brasil, 2022]

Mari vive um casamento estável com Rafa há vários anos. Seus planos e escolhas ficam abalados quando ela se aproxima de novos vizinhos, Isis e Fred, um casal que tem um relacionamento aberto e que decidiu não ter filhos. Dirigido por Julia Rezende – veja uma cena do filme.


“Regra 34”
[Brasil, 2022]

Simone é uma advogada que pagou seus estudos fazendo performances de sexo online, e que acaba de ingressar na defensoria pública. Ela foca sua atuação em ajudar mulheres vítimas de abuso, enquanto seus interesses sexuais a levam a um mundo de violência e erotismo. Dirigido por Julia Murat, venceu o Festival de Locarno.


“7 Cortes de Cabelo no Congo”
[Brasil, 2022]

O documentário de Luciana Bezerra, Gustavo Melo e Pedro Rossi é centrado no Calijah, um pequeno salão de beleza no subúrbio carioca especializado em cortes afro. Neste lugar, o filme ouve as histórias do dono, Fernando “Pablo” Mupapa, e de outros imigrantes da República Democrática do Congo.


“Regenerar: Caminhos Possíveis em um Planeta Machucado”
[Brasil, 2022]

Um documentário em três partes que investiga as relações entre a modernidade colonial e a emergência climática através de três lentes: a Morte, o Sonho e a Vida. Trinta anos depois da Eco-92, o filme pesquisa possibilidades fora das lógicas de separação entre ser humano e natureza. Dirigido por Maria Clara Parente.


“Sociedade do Medo”
[Brasil, 2022]

A diretora Adriana L. Dutra investiga a construção da sociedade pela ótica do medo. Conversando com personalidades e especialistas, ela busca as origens de uma sociedade absorta em seus medos e no consumo feroz de possíveis paliativos que contribuem para nos levar à solidão e à barbárie.


“Transe”
[Brasil, 2022]

Luisa  é uma jovem atriz que vive com seu namorado, o músico Ravel. Ela conhece Johnny e os três começam um relacionamento baseado no amor livre, até que um perigo iminente ameaça colocar o futuro de todos em risco.  Dirigido por Carolina Jabor e Anne Pinheiro Guimarães.

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