Filmes terão de atender critérios de diversidade para concorrer ao Oscar

Filmes terão de atender a critérios relacionados à representatividade e inclusão para concorrer ao Oscar, anunciou a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pela entrega do prêmio, nesta sexta-feira (12). Esta é uma das novas iniciativas de um plano de cinco anos que a Academia criou para tentar ampliar a diversidade entre as produções e artistas indicados.

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Em comunicado, a Academia afirmou que vai trabalhar com o Sindicato dos Produtores (PGA, na sigla em inglês) para definir e implementar “padrões de representatividade e inclusão” para elegibilidade no Oscar. Estes critérios serão anunciados até 31 de julho e não valerão para os filmes que buscam concorrer à edição de 2021 do prêmio, que foi adiada para 25 de abril por causa da pandemia do novo coronavírus.

A ideia é que estes critérios de elegibilidade “encorajem práticas de contratação igualitária” e “representação em frente e por trás das câmeras que reflita melhor a diversidade da comunidade cinematográfica”. Os responsáveis por criar estes critérios serão nomeados pelo presidente da Academia, David Rubin, e um deles será o presidente do conselho diretor, DeVon Franklin.

A Academia também definiu que o número de indicados a melhor filme não será mais variável, mas, sim, fechado em dez. Além disso, os membros do grupo poderão ver produções inscritas para concorrer ao prêmio durante todo o ano, e não apenas no período mais próximo à votação.

A Academia ainda informou que todos os membros do conselho diretor participaram de uma oficina sobre o chamado “unconscious bias”, ou preconceito inconsciente, que será oferecido a todos os mais de 9 mil membros do grupo. Os mandatos do conselho diretor também mudaram: agora, cada artista só poderá servir por dois mandatos de três anos (consecutivos ou não) e terá obrigatoriamente de cumprir um hiato de dois anos antes de tornar-se elegível novamente. Após este período, este artista pode ter mais dois mandatos de três anos, totalizando um período máximo de 12 anos no conselho.

Na semana passada, foram realizadas as eleições anuais de parte do conselho, que agora terá número recorde de mulheres (26) e pessoas não brancas (12) entre seus 52 membros.

Por fim, a Academia promoverá uma série de debates abertos aos membros e ao público, nos quais serão abordados temas como “raça, etnia, história, oportunidade e arte de filmar”, e criará um Escritório de Representação, Inclusão e Igualdade para supervisionar o desenvolvimento de todas estas iniciativas. 

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