Mais heroínas, por favor: 7 mulheres que foram dos quadrinhos ao cinema

Os filmes inspirados em quadrinhos têm sido a grande aposta de Hollywood nos últimos anos, mas durante muito tempo as mulheres ficaram de fora dessa tendência. Foi só com o sucesso de Mulher-Maravilha, em 2017, que os estúdios começaram a ouvir o recado das plateias: queremos, sim, histórias com mais diversidade.

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Mas qual a importância de vermos as mulheres como heroínas? Uma pesquisa da BBC America e do Women’s Media Center buscou medir o impacto da representatividade no cinema entrevistando 2.431 meninas entre 10 e 19 anos. O resultado: nove entre dez entrevistadas disseram ver as heroínas dos filmes de ficção científica e inspirados em quadrinhos como “modelos positivos”.

Nesta mesma pesquisa, 84% das meninas disseram que ver as heroínas destes filmes fez com que se sentissem mais fortes. Além disso, 81% se sentiram mais corajosas; 80%, mais confiantes; 77%, mais inspiradas; 75%, mais positivas; e 74%, mais motivadas. Para 58% das garotas, ver as heroínas nas telas as fez pensar que “poderiam conseguir qualquer coisa que quisessem”, um percentual que passa para 63% no caso das meninas não brancas.

O Mulher no Cinema reuniu sete heroínas que foram dos quadrinhos para o cinema, e que estão em filmes que você pode ver no Telecine direto na internet. Confira:


Mulher-Maravilha
Veja a heroína em Mulher-Maravilha (2017), de Patty Jenkins

A heroína mais famosa do mundo foi criada por William Moulton Marston e Harry G. Peter, apareceu nos quadrinhos pela primeira vez em 1941 e foi imortalizada na televisão pela atriz Linda Carter. Sua popularidade foi renovada em 2017 com a estreia de Mulher-Maravilha, filme dirigido por Patty Jenkins que mostrou a origem da personagem, agora interpretada por Gal Gadot. O sucesso de crítica e bilheteria abriu portas para outros filmes inspirados em quadrinhos com protagonismo e direção feminina – inclusive a sequência Mulher-Maravilha 1984, que estreia em 2020. A boa notícia: tanto Gadot quanto Jenkins estarão de volta!


Nakia, Okoye e Shuri
Veja as heroínas em Pantera Negra, de Ryan Coogler, e
Vingadores: Guerra Infinita (2018), de Joe e Anthony Russo

Pantera Negra pode até ser centrado em um personagem masculino, mas as mulheres de Wakanda também são ponto alto do filme. Marco na representação dos negros em Hollywood, o longa do diretor Ryan Coogler colocou um time feminino de peso na equipe do herói. Nakia (Lupita Nyong’o) é uma espiã competente e corajosa, movida pelo desejo de ajudar quem precisa. Okoye (Danai Gurira) é a grande líder das Dora Milaje, a força de elite que protege o reino e é formada apenas por mulheres. Já Shuri (Letitia Wright) é expert em programação e computadores, a grande responsável pelo impressionante avanço tecnológico de Wakanda. Tanto Shuri quanto Okoye também fazem aparições em Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato (2019).


Valquíria
Veja a heroína em Thor: Ragnarok (2017), de Taika Waititi

A mitologia nórdica inspirou esta personagem criada por Roy Thomas e John Buscema, que apareceu nos quadrinhos pela primeira vez em 1970. Guerreira renomada, Valquíria é interpretada no cinema pela atriz Tessa Thompson e fez sua estreia em Thor: Ragnarok. Ela também apareceu em Vingadores: Ultimato e está garantida em Thor: Amor e Trovão, que estreia em 2021 e terá Natalie Portman como a nova Thor. Outra novidade bem legal é que, ao que tudo indica, os pedidos de Thompson para que a personagem seja mostrada como bissexual vão ser atendidos. Questionado pelo site io9 sobre se Valquíria vai ter uma história LGBTQ no novo longa, o produtor Kevin Feige disse: “A resposta é sim.”


Viúva Negra
Veja a heroína em Homem de Ferro 2 (2010), de Jon Favreau;
The Avengers – Os Vingadores (2012), de Joss Whedon;
Capitão América: Guerra Civil (2016), de Joe e Anthony Russo;
e
Vingadores: Guerra Infinita (2018), de Joe e Anthony Russo

Natalia Romanova ou Natasha Romanoff apareceu nos quadrinhos pela primeira vez em 1964, fruto da criação de Stan Lee, Don Rico e Don Heck. De espiã à importante integrante de times de super-heróis, a personagem foi interpretada por Scarlett Johansson em vários filmes, desde Homem de Ferro 2 até Vingadores: Ultimato. Em entrevistas, a atriz comentou que Natasha ganhou complexidade e importância ao longo dos anos graças aos fãs: “O público fez com que a Marvel, os estúdios e cineastas colocassem na tela o espírito do momento, a vontade de ver filmes e elencos diversos. A personagem cresceu como reação a isto”, afirmou. A prova é que finalmente a Viúva Negra ganhará seu próprio filme, que terá direção de Cate Shortland e chegará aos cinemas em 2020.


Vespa
Veja a heroína em Homem-Formiga e a Vespa (2018), de Peyton Reed

Outro caso de evolução feminina dentro do Universo Cinematográfico da Marvel é o de Hope Pym. Personagem coadjuvante em Homem-Formiga (2015), ela assumiu um lugar de destaque muito maior em Homem-Formiga e a Vespa, a sequência lançada em 2018. Interpretada no cinema pela atriz Evangeline Lily, Hope é filha de Hank Pym e Janet van Dyne, e assume a identidade da Vespa ao receber um traje que a permite seguir os passos de sua mãe. Por conseguir reduzir seu tamanho ao de um inseto, a Vespa é a parceira perfeita para o Homem-Formiga e foi vista também em Vingadores: Ultimato.


* Este conteúdo foi produzido pelo Mulher no Cinema e é patrocinado pelo Telecine.

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