7 filmes dirigidos por mulheres para ver de graça no Festival de Cinema Latino-Americano de SP

Filmes de 12 países estão na programação do 16ª Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, que será realizado de 10 a 17 de dezembro em edição híbrida: parte das sessões será online e outra parte será presencial no Circuito Spcine da capital paulista. Nos dois casos, todas as exibições são gratuitas.

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Um dos destaques da edição deste ano é a homenagem à diretora argentina Liliana Romero, importante nome da animação que terá quatro filmes em exibição no festival, incluindo o mais recente, O Gigante Egoísta. Ela também participará do encontro virtual “A Arte da Animação, Técnicas e Adaptações”, marcado para 16/12, às 20h, na plataforma do Sesc Digital e no YouTube do Festival Latino.

Quatro trabalhos de cineastas brasileiras estão reunidos na sessão Contemporâneas do Curta. São eles Barbie & Bob, de Raissa Gregori; Carne, de Camila Kater; Igual/Diferente/Ambas/Nenhuma, de Adriana Barbosa e Fernanda Pessoa; Menarca, de Lillah Halla; e , de Ana Flávia Cavalcanti e Julia Zakia.

Outra mostra de destaque é a intitulada Foco Cinema Afro-Colombiano, com quatro títulos produzidos, realizados e/ou protagonizados por pessoas afrocolombianas. Dois deles são dirigidos por mulheres: Full HD, de Catalina Navas e Carolina Torres; e Marímbula, de Diana Kuéllar.

Abaixo, o Mulher no Cinema selecionou sete filmes dirigidos por mulheres que estão na programação, representando Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Paraguai e Uruguai. Para consultar horários e locais ou plataformas de exibição, acesse o site do festival.

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“Abajures”
[Paraguai, 2020]

No fim dos anos 1950 e começo dos anos 1960, durante a ditadura de Alfredo Stroessner (1912-2006) no Paraguai, vários militantes do partido opositor Mopoco foram exilados. A partir de diferentes pontos da Argentina, eles deram continuidade à ação política por meio de cartas. Tais cartas são lidas por netos dos militantes neste documentário da diretora Paz Encina, conhecida por Hamaca Paraguaia (2006).


“Clarice Lispector – A Descoberta do Mundo”
[Brasil, 2021]

A diretora Taciana Oliveira faz um ensaio documental sobre Clarice Lispector (1920-1977) a partir de entrevistas da escritora, depoimentos de amigos e familiares e trechos de seus textos. O filme faz sua pré-estreia nacional no Festival Latino, com sessão única em 14/12 no Centro Cultural São Paulo.


“Full HD”
[Fullhachede, Colômbia, 2018]

O documentário de Catalina Torres e Carolina Navas retrata um universo no qual a dança, os sonhos e as amizades resistem à adversidade em um dos bairros mais violentos de Cali, na Colômbia. O encontro com Nikol e Erika serve de ponto de partida para uma história sobre luta, esperança e resistência através do corpo.


“O Gigante Egoísta
[El Gigante Egoista, Argentina, 2019]

Um gigante que não gosta de brincar com as crianças vive uma aventura quando, por causa de seu egoísmo, a ordem da natureza muda. Estreia nacional desta que é a animação mais recente da diretora Liliana Romero, homenageada pela edição deste ano do Festival Latino.


“A Grande Viagem ao País Pequeno”
[El Gran Viaje ao País Pequeño, Uruguai, 2019]

A partir de um encontro em um campo de refugiados, o documentário da diretora Mariana Viñoles acompanha o processo de adaptação de duas famílias sírias que deixam sua terra e sua cultura para começar uma nova vida no Uruguai, um país sobre o qual pouco ou nada sabem.


“Igual/Diferente/Ambas/Nenhuma”
[Brasil/EUA, 2020]

Fernanda Pessoa é brasileira e mora em São Paulo; Adriana Barbosa é mexicana-brasileira e mora em Los Angeles. Em um período de isolamento, distantes uma da outra, elas se reconectam por vídeo-cartas inspiradas pelo olhar poético das cineastas experimentais Marie Menken, Joyce Wieland, Gunvor Nelson e Yvonne Rainer.


“Matar a La Bestia”
[Argentina/Brasil/Chile, 2021]

Em busca do irmão desaparecido, Emilia chega a uma cidade religiosa na fronteira entre a Argentina e o Brasil. Ela se hospeda na casa de sua estranha Tia Inés, próxima à floresta onde, de acordo com rumores, uma perigosa besta apareceu uma semana antes. Dirigido por Agustina San Martín.


Luísa Pécora é jornalista e criadora do Mulher no Cinema

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