53 curtas dirigidos por mulheres para ver online e de graça na Mostra Mosca

Cinquenta e três curtas dirigidos ou codirigidos por mulheres podem ser vistos online e gratuitamente na 13ª edição da MOSCA – Mostra Audiovisual de Cambuquira, que começou em 27 de novembro e vai até 12 de dezembro. As sessões são na plataforma do evento e no Videocamp.

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De acordo com a organização da mostra, neste ano filmes dirigidos ou codirigidos por mulheres representam 44,5% de todos os títulos selecionados. Além disso, há mais três filmes com direção assinada em coletivo (não contemplados na lista abaixo) e dois trabalhos que integram as exposições audiovisuais. São eles: Corpas que Gritam, de Débora Ambrósia e Tom Grito, e 1º DOC, de Clara Cristina De Oliveira.

Abaixo, você encontra a lista de 53 curtas selecionados, bem como as sinopses oficiais. Ao clicar no título de cada filme, você acessa o link da sessão em que serão exibidos. Mais informações no site da mostra.

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MOSTRA BRASIL

“Alfazema” – [Brasil, 2019]
É carnaval e Flaviana vive um difícil dilema: como se livrar do amante que se recusa a sair de seu chuveiro? Direção de Sabrina Fidalgo.

“Amnestia” – [Brasil, 2019]
O curta-metragem Amnestia elabora uma remontagem dos pedidos de desculpas emitidos pelas Caravanas da Anistia a todos que tiveram suas vidas ou a de seus familiares afetadas pela Ditadura Civil-Militar no país (1964-1985). Direção de Susanna Lira.

“Àprova” – [Brasil, 2020]
A conquista da aprovação das cotas étnico-raciais na Unicamp ocorreu em 2017, devido à mobilização de centenas de pessoas de dentro e fora da instituição. Entre os vazios da universidade e a luta pelas cotas, o documentário-ensaio apresenta as vozes de quem viveu e ainda vive a Unicamp sob as forças do racismo e da discriminação. Direção de Natasha Rodrigues.

“À Beira do Planeta Mainha Soprou a Gente” – [Brasil, 2020]
Através de imagens de arquivo pessoal e reflexões sobre as ambivalências que se imprimem em relações cheias de amor, o curta apresenta recortes de afeto entre duas mulheres e suas mães. Direção de Bruna Barros e Bruna Castro.

“Carne” – [Brasil, 2019]
Crua, mal passada, ao ponto, passada, bem passada. Através de histórias íntimas e pessoais, cinco mulheres compartilham suas experiências em relação ao seu corpo, da infância à idade adulta. Direção de Camila Kater.

“A Era de Lareokotô” – [Brasil, 2019]
Copa do Mundo, roça, ritual. Em meio a um dia intenso – e comum – na aldeia do povo indígena Enawenê-Nawê, no Mato Grosso, Kularenê, nos conta como, ao sairem de dentro da mesma pedra, índios e brancos tomaram rumos distintos: os primeiros guiados por Wadari, seu ancestral, e os outros por Lareokotô, avô dos brancos e pai da tecnologia. Direção de Rita Carelli.

“Hat Trick” – [Brasil, 2019]
Jaque Jolene transmuta herança material feminina em sentimentos. Direção de Marcia Beatriz.

“Noite Fria” – [Brasil, 2020]
Entre o trabalho num call center, idas a um bar e notícias cotidianas, nada está fora do lugar no mundo de Marta. Entre uma monotonia e uma quebra da realidade, o filme tenta falar da violência enquanto foge dela. Direção de Priscila Nascimento.

“A Palavra Sonhada” – [Brasil, 2019]
As vespas gostam de morar com seus parentes e não gostam que mexam com elas. Assim também é Davi Kopenawa, líder Yanomami. No curta, vemos o percurso de Davi como defensor dos direitos dos indígenas e sua atuação dentro e fora da aldeia. Personagens importantes como o líder Ailton Krenak e a fotógrafa Cláudia Andujar cruzam suas histórias de vida. Direção de Mariana Fagundes.

“Perifericu” – [Brasil, 2019]
Denise e Luz cresceram entre canções de rap e passos de vogue. Da ponte para cá, é preciso aprender que o primeiro princípio para poder acessar a cidade é estar viva. Direção de Nay Mendl, Rosa Caldeira, Stheffany Fernanda e Vita Pereira.

“Quebramar” – [Brasil, 2019]
Um grupo de jovens lésbicas de São Paulo viaja a uma praia deserta para passar o ano novo. Lá, constroem refúgio físico e emocional para seus corpos e afetos através da amizade e da música. Nesse ambiente seguro e de cuidados mútuos podem, enfim, relaxar. Direção de Cris Lyra.

“Quero Fazer Contigo o que Faz a Primavera às Cerejeiras” – [Brasil, 2020]
Testemunho afetuoso do reencontro de um amor gestado virtualmente há meses. Filmado nos arredores de sua casa em Camocim, no litoral do Ceará, o filme retrata poeticamente o desaguar desse amor há tempos represado pela distância. Direção de Dani Drumond.

“Receita de Caranguejo” – [Brasil, 2019]
Após a morte do pai, Lari e sua mãe vão passar alguns dias na praia. Elas resolvem cozinhar caranguejos. E os bichos, aos poucos, transformam-se em seres luminosos. Direção de Issis Valenzuela.

“Seremos Ouvidas” – [Brasil, 2020]
Como existir em uma estrutura sexista e ouvinte? Gabriela, Celma e Klicia, três mulheres surdas, compartilham suas lutas e trajetórias no movimento feminista surdo. Direção de Larissa Nepomuceno.

“Vinde Como Estais” – [Brasil, 2019]
Em um clima pós-eleições, Kit Redstone desembarca na devastada Cidade Olímpica, Rio de Janeiro. Escritor, diretor e performer teatral radicado em Londres, Kit é um homem transgênero e vem ao Brasil com o objetivo de produzir uma peça teatral com atores transexuais. Durante o processo, conhecemos esses artistas e suas perspectivas. Direção de Galba Gogóia e Rafael Ribeiro.

MOSTRA INFANTIL

“A Casa e o Medo” – [Brasil, 2019]
Quando um garoto é deixado sozinho, sua casa deve protegê-lo de uma sombra misteriosa que o persegue. Dirigido por Valentina Salvestrini, Eduardo Aliberti e Henrique Truffi.

“Doces ou Travessuras” – [Brasil, 2019]
No dia 31 de Outubro, Bobó, a abóbora, bate na porta de Dito, o fantasma, pedindo doces. Dito o ignora e o expulsa de sua casa. Enfurecido, Bobó encontra um livro de bruxarias e invoca um ciclope para assustar Dito e pegar os doces, porém nem tudo vai como o planejado. Dirigido por Karen Takahara.

“Malayz” – [Irã, 2019]
O danadinho e estressado peixe chamado Moslem está descansando tranquilamente quando, de repente, um anel dourado cai em sua cabeça. Obcecado, Moslem decide caçá-lo, mas acaba ele mesmo se tornando a caça de algo muito maior. Dirigido por Leila Ahang, Sara Hanif, Maryam Alavi e Marziyeh Kordloo.

“Príncipe da Encantaria” – [Brasil, 2018]
Às margens do Rio Negro a imaginação de Aninha cria asas enquanto Vó Esmeralda conta-lhe a estória de Benito, o boto cor de rosa. Direção de Izis Negreiros.

“O Véu de Amaní” – [Brasil, 2019]
Amani é uma garota paquistanesa que mora no Brasil. Ao mudar de casa, a menina muçulmana recebe um presente inesperado da sua nova amiga brasileira: um biquíni. Direção de Renata Diniz.

“Vivi Lobo e o Quarto Mágico” – [Brasil, 2019]
Muito prazer! Meu nome é Vivi Lobo. Essa história é sobre as portas que devemos abrir ao
longo da vida, enquanto humanos, enquanto meninas. Dirigido por Isabelle Santos e Edu MZ Camargo.

“Yikásdáhí – Espere o Amanhecer” – [Yikásdáhí – Espera el Amanecer, Argentina, 2019]
Quando chega a hora de criar o mapa celeste, o Deus Negro se mune de uma planta baixa e um saco de estrelas. Mas as coisas se complicam quando suas ações chamam a atenção de Coyote, um encrenqueiro que busca qualquer desculpa para fazer peraltices. História baseada em uma lenda Navajo. Direção de Gabriela Clar.

Imagem de “Sem Céu”, de Jianna Maarten

MOSTRA INTERNACIONAL

“As Crianças da Baía” – [Les Enfants de la Baie, França, 2019]
Nice, França. Shanone, 14 anos, é uma solitária. Ela passa seu tempo passeando com seu cachorro pelo calçadão ou fumando na janela. Um dia, um novo aluno chamado Sydney chega à sala dela e alguma coisa muda. Shanone o convida à sua casa. Direção de Emma Séméria.

“Os Desaparecidos” – [Els Esvaïts, Espanha, 2019]
Minutos antes de deixarem o apartamento que viveram por tanto tempo e antes de darem um fim ao relacionamento, Gala e Marçal tentam encarar todas as emoções que vinham escondendo por tanto tempo. Direção de Mònica Cambra, Ariadna Fortuny.

“Florigami” – [Croácia/Sérvia, 2019]
Uma solitária flor branca cresce cercada por plantas enquanto luta por sobrevivência. Dirigido por Iva Ćirić.

“História da Vovó” – [Bube Maises, Israel, 2019]
Yaffa é uma senhora de 80 anos que mora num casa de repouso e tem demência. A demência faz com que ela reviva sua infância. Naquele tempo, seu pai, que era caixeiro viajante, viajava pelo mundo e a mandava cartões postais de cada país que visitava para que ela pudesse se imaginar vivendo aquelas aventuras com ele. Agora com 80 anos, Yaffa milagrosamente ainda continua a receber cartões postais. Direção de Or Levy.

“Uma Longa Jornada” – [The Long Ride, Reino Unido, 2019]
Zack é um ator em ascensão com muito talento e pouca sorte. Após um dia todo de desapontamentos, ele só quer sentar e relaxar, mas o vagão está lotado. Então ele decide fingir um término de relacionamento por telefone com seu marido, Aidan, para que as pessoas se compadeçam e lhe cedam um lugar. Mas, desta vez, Zack vai longe demais no fingimento e as coisas saem do controle. Direção de Sarah Passos.

“Um Peixe Suculento” – [A Tasty Fish, Japão, 2020]
Uma criança, primogênita, vem ao mundo. Apesar de seus pais serem humanos, essa criança é um peixe – e no lago ela é despejada. Outra criança nasce. E essa pequena garota não conhece nada de sua irmã mais velha, mas ambas vão se encontrar, não só no sangue compartilhado e na história, como também em gerações futuras. Esta é a história de uma ocorrência banal – um natimorto – contada de uma maneira incomum, e também sobre a jornada que uma irmã fará para encontrar seus laços. Direção de Chihiro Tazuro.

“Sem Céu” – [Sin Cielo, EUA, 2019]
Um jovem mexicano que mora em uma cidade na fronteira tenta de tudo para ajudar sua família, mas ele tem que lidar com uma realidade muito cruel quando a garota de quem gosta “desaparece”. Baseado nos acontecimentos da obra “La Frontera”. Dirigido por Jianna Maarten.

“Vejo, Vejo” – [Veo, Veo, Paraguai, 2019]
Durante a guerra civil paraguaia de 1947, uma garota do partido vermelho estabelece laços amigáveis com um garoto do partido rival. Direção de Tania Cattebeke.

“Vem Comigo” – [Bear With Me, Holanda, 2019]
Um curta-metragem documental de animação sobre imigrantes que deixaram seu lar e atravessaram as fronteiras pelo amor. Direção de Daphna Awadish.

Imagem de “Letícia, Monte Bonito, 04”, de Julia Regis

MOSTRA JOVEM

“90 Rounds” – [Brasil, 2019]
O cotidiano real e virtual de MC Noventa, jovem rimador da periferia de Vitória que tenta dar certo no mundo do rap depois de fazer sucesso na internet com batalhas de rima. Direção de Juane Vaillant e João Oliveira.

“Ana” – [Brasil, 2019]
Olívia é uma adolescente que possui como maior paixão a natação e como objetivo principal, ganhar o Campeonato Nacional. Essa tarefa já difícil é complicada ainda mais pela contínua luta da garota com a anorexia. As relações dela com a mãe e a irmã são perturbadas constantemente, mas sua amiga Ana parece aprovar a ideia de Olívia persistir na doença. Direção de Sofia Brayner.

“Duda” – [Brasil, 2019]
É verão e Duda só quer ir para a praia. Direção de Eugenia Castello e William Biagioli.

“Eu Não Sou Alice Mas Aqui É o País das Maravilhas” – [Irã, 2019]
Cruzamos galáxias, planetas diferentes e chegamos à Terra. Alice vive bem com sua família e tem árvores e pássaros como amigos. Então percebe que as pessoas do outro lado da janela são como animais selvagens. Assisti-los se torna um hábito até que a cidade é bombardeada. Direção de Mahdieh Sadat Ahmadi Soleimani.

“Hornzz” – [Brasil, 2019]
Como as escolhas refletem em nossa vida? Através da narrativa surreal de Hornzz, acompanhamos os desafios da garota Lu enquanto passa por experiências únicas num mundo de faz de conta. Direção de Lena Franzz.

“Letícia, Monte Bonito, 04” – [Brasil, 2020]
No interior, Lais conhece Letícia, com quem passa uma tarde letárgica de verão. Direção de Julia Regis. 

“Luna” – [EUA, 2019]
O mundo de Luna vira de cabeça para baixo quando seu corpo muda. Direção de Bianca Di Marco.

“Não se Preocupe” – [Don’t Worry, Irã, 2020]
Uma adolescente está sozinha em casa no dia do seu aniversário enquanto sua mãe enfermeira está na linha de frente no combate ao Covid-19. A garota mal pode esperar por uma surpresa. Direção de Mana Pakseresht.

“Perdidos” – [Brasil, 2020]
Será que a gente vai se ver agora? Direção de Renata Malta e Eduardo Santos.

“Volta em Torno do Sol” – [Vuelta ao Sol, Panamá, 2020]
É aniversário de César e tudo que ele deseja é ter paz, mas os pais esperam que César vista roupas que o deixam desconfortável. César tem que tomar uma decisão: seguir satisfazendo as expectativas de sua família ou ser fiel à sua identidade como homem trans. Direção de Judith Corro.

MOSTRA MEIA-NOITE

“A Corça” – [La Biche, França, 2020]
Helena está passando o que parece ser um final de semana romântico no interior da França até que ela tem uma discussão com seu namorado e fica furiosa. Ela decide fugir quando percebe que está em paisagens rurais que desconhece. A natureza demanda seus direitos. A caçada começa. Helena se torna “a corça” quando conhece os habitantes locais. Direção de Jennifer Lumbroso.
 
“Fome” – [Brasil, 2019]
Uma noite entre amigos em um pub se transforma numa brutal luta pela sobrevivência com a chegada de uma criatura demoníaca. Direção de Manda Ramoos.

“Ophidia” – [Argentina, 2019]
Uma jovem criada é contratada para tomar conta, apenas por uma noite, de uma estranha senhora em sua casa luxuosa nos arredores da cidade. O que começa como uma rotina de trabalho rapidamente se transforma em algo muito mais perigoso do que a jovem poderia esperar. Direção de Lucía Granda.

Imagem de “Mãtãnãg, A Encantada”, de Shawara Maxakali e Charles Bicalho

MOSTRA MINEIRA

“Angela” – [Brasil, 2019]
Angela vive sozinha e coleciona diagnósticos de doenças que nunca teve. Sua ficção segue imperturbável até a chegada de Sueli e o vislumbre de uma nova existência. Direção de Marília Nogueira.

“Baixas Lenda da Classe Média Alta 1: Janaína Sem Cabeça” – [Brasil, 2020]
Os antepassados de Janaína lhe deram privilégios. Hoje em dia lhe dão problemas. A solução? Mais privilégios! Direção de Bruna Schelb Corrêa.

“Diz que É Verdade” – [Brasil, 2019]
Alexandre e Suelen são pessoas anônimas que exercem suas atividades cotidianas de forma ordinária até se encontrarem em um videokê do baixo centro de Belo Horizonte, onde viverão o estrelato por uma noite. Direção de Claryssa Almeida e Pedro Estrada.

“Guardaram por Nós” – [Brasil, 2019]
No sul de Minas, três famílias guardiãs de sementes crioulas compartilham experiências tão diversas como são as sementes, restabelecendo com a natureza relações que têm se perdido. Direção de Catharina Bonfim Bergo.

“Há Tempos Não Vejo Minha Mãe” – [Brasil, 2019]
Laura tem 7 anos e vive em meio a mudanças constantes com sua jovem mãe, Mônica. Um relato sobre a infância, a memória e a relação mãe e filha. Direção de Luiza Reis.

“Mãtãnãg, A Encantada” – [Brasil, 2019]
A índia Mãtãnãg segue o espírito do marido, morto por cobra, até a aldeia dos mortos. Juntos, superam obstáculos que separam o mundo terreno do espiritual. Direção de Shawara Maxakali e Charles Bicalho.

“Tear” – [Brasil, 2019]
Tear propõe uma reflexão em torno de um monumento de arquitetura moderna, cujo painel “As
Fiandeiras”, idealizado por Cândido Portinari, revela a história de mulheres que se tornaram símbolo do desenvolvimento econômico e social da cidade de Cataguases, Minas Gerais. Direção de Mariela Oliveira.

“Toque de Recolher” – [Brasil, 2019]
Um homem comum com fé extraordinária se prepara para um momento importante. Direção de Eduarda Viana.

“A Vida É Coisa que Segue” – [Brasil, 2019]
Na família de Luiz existe uma ausência que acompanha todos os que ficaram. A rotina, porém, empurra os dias pra frente. Em uma manhã como qualquer outra Luiz explora um caminho conhecido, vai buscar pães e escuta de um amigo improvável uma história tão boa que distrai sua saudade. Direção de Bruna Schelb Corrêa.

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