15 filmes de diretoras para ver no Festival do Rio

Mais de 200 filmes de 60 países estão na programação deste ano do Festival do Rio, que fica em cartaz entre os dias 1° e 11 de novembro na capital fluminense. Em sua 20ª edição, o evento enfrentou dificuldades para obter patrocínio e, por isso, é realizado mais tarde do que de costume e em versão mais enxuta.

Quatro filmes dirigidos ou codirigidos por mulheres estão entre os nove títulos de ficção que integram a principal mostra competitiva do festival. Na competição de documentários, as mulheres dirigiram quatro dos seis selecionados.

Abaixo, selecionamos 15 filmes nacionais e estrangeiros dirigidos por mulheres que estão na programação. Para consultar os dias, horários e locais de exibição, acesse o site do Festival do Rio.


Cafarnaum”
[Capharnaüm, Líbano/EUA, 2018]
Ganhador do Prêmio do Júri no Festival de Cannes, o filme dirigido pela cineasta Nadine Labaki conta a história de Zain, um menino de 12 anos que leva uma vida dura em Beirute e decide processar os próprios pais. O elenco é formado principalmente por atores que não são profissionais. Candidato do Líbano ao Oscar de filme estrangeiro


“Chuva É Cantoria na Aldeia dos Mortos”
[Portugal/Brasil, 2018]
Rodado ao longo de nove meses na aldeia Pedra Branca (Terra Indígena Krahô, no Tocantins), conta a história de Ihjãc, jovem que foge para a cidade para escapar do feitiço de um pajé. É dirigido por Renée Nader Messora e João Salaviza e ganhou o prêmio do júri na mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes. Leia entrevista com a diretora


“A Costureira dos Sonhos”
[Sir, França/Índia, 2018]
Em Mumbai, na Índia, Ratna é uma jovem viúva que trabalha como serva de Ashwin, um homem de família rica. As realidades dos dois colidem: Ashwin parece ter tudo, mas desistiu de seus objetivos e está um pouco perdido; e Ratna, que parece não ter nada, vive cheia de esperanças e se esforça para realizar seus sonhos. Dirigido por Rohena Gera.


“Clementina”
[Brasil, 2018]
O documentário dirigido pela cineasta Ana Rieper retrata a trajetória da cantora Clementina de Jesus (1901-1987). Nascida em Valença, no Rio de Janeiro, e revelada tardiamente, quando tinha 63 anos, a artista se tornou uma das maiores vozes do samba e foi considerada um forte elo entre a cultura brasileira e as raízes africanas. Leia a crítica


“Eleições”
[Brasil, 2018]
É época de eleições para o grêmio estudantil e os secundaristas se organizam para a corrida eleitoral. O documentário acompanha quatro grupos de estudantes, com opiniões e visões de mundo diferentes, que criam propostas, debatem estratégias de campanha e lutam por melhorias na escola. Dirigido pela cineasta Alice Riff, de Meu Corpo É Político.


“Ilha”
[Brasil, 2018]
Emerson, um jovem da periferia, quer fazer um filme que conte a sua história na Ilha, lugar de onde os nativos nunca conseguem sair. Para conseguir, toma uma decisão: vai sequestrar Henrique, um premiado cineasta. Segundo longa-metragem dos cineastas Glenda Nicácio e Ary Rosa, a dupla responsável por Café com Canela.


“Los Silencios”
[Brasil/França/Colômbia, 2018]
Fugindo de conflitos armados, Amparo (Marleyda Soto) tem de lidar com o desaparecimento de sua filha e de seu marido, enquanto espera por documentos para tentar passar pela fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru. Dirigido pela cineasta Beatriz Seigner, o filme foi exibido na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes.


“O Mau Exemplo de Cameron Post”
[The Miseducation of Cameron Post, EUA, 2018]
Estrelado por Chloë Grace Moretz e Sasha Lane, conta a história de uma adolescente que, após ser vista em uma relação sexual com outra garota, é enviada pelos tios a um centro de “cura gay” que busca transformar lésbicas em heterossexuais. Dirigido por Desiree Akhavan, foi ganhador do Festival de Sundance. Leia a crítica


“Não Me Toque”
[Touch Me Not, Romênia/Alemanha/Rep. Tcheca/Bulgária/França, 2018]
Uma cineasta e seus personagens se aventuram em uma pesquisa sobre intimidade. Na fronteira entre realidade e ficção, o longa segue as jornadas emocionais de Laura, Tómas e Christian, que anseiam por intimidade, mas também tem medo dela. Primeiro longa de Adina Pintilie, foi o ganhador do Urso de Ouro no Festival de Berlim.


“Rafiki”
[África do Sul/Quênia/França/Holanda/Alemanha/Noruega, 2018]
Dirigido por Wanuri Kahiu e baseado em conto da ugandense Monica Arac de Nyeko, narra a história das garotas quenianas Kena e Ziki. Apesar da rivalidade entre suas famílias, elas continuam amigas e se ajudam na busca por seus sonhos. Quando a amizade vira amor, elas têm de enfrentar uma sociedade conservadora. Leia a crítica


“Skate Kitchen”
[EUA, 2018]
Camille (Rachelle Vinberg) é uma introvertida skatista de Long Island, nos Estados Unidos, que faz amizade com um grupo de jovens skatistas de Nova York. Conforme se insere neste novo universo, ela também se apaixona por um misterioso garoto, interpretado por Jaden Smith. Primeiro longa-metragem de ficção da diretora Crystall Moselle.


“A Sombra do Pai”
[Brasil, 2018]
Dalva tem apenas nove anos, mas é obrigada a virar “o adulto da casa”: sua mãe morreu, seu pai está doente e sua tia deixa a casa para se casar. Com a inversão da ordem natural das coisas, a infância se torna uma saga e a paternidade, uma condenação. Novo longa-metragem de Gabriela Amaral Almeida, diretora de O Animal Cordial.


“Tarde para Morrer Jovem”
[Tarde para Morir Joven, Chile/Brasil/Argentina/Holanda/Catar, 2018]
Na década de 1990, no Chile, uma comunidade aos pés dos Andes reúne famílias que querem estar longe dos excessos urbanos. Na véspera do ano novo, Lucas e Sofia, ambos com 16 anos, e Clara, 10, lidam com pais, primeiros amores e medos. Por este trabalho, Dominga Sotomayor recebeu o prêmio de direção no Festival de Locarno.


“Torre das Donzelas”
[Brasil, 2018]
Quarenta anos após serem presas durante a ditadura militar, um grupo de mulheres relembra sua passagem pela Torre das Donzelas, como era conhecida a área feminina do Presídio Tiradentes, em São Paulo. Entre as entrevistadas do documentário está a ex-presidente Dilma Rousseff. Dirigido pela cineasta Susanna Lira.


“A Valsa de Waldheim”
[Waldheim’s Walzer, Áustria, 2018]
O documentário de Ruth Beckermann examina a história recente da Europa olhando para o ano de 1986, quando o ex-secretário-geral da ONU Kurt Waldheim lançou sua candidatura à presidência da Áustria. No mesmo momento, foram feitas denúncias de ligações com o nazismo. Candidato da Áustria ao Oscar de filme estrangeiro.


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