Tudo o que você precisa saber sobre o filme ‘Mulheres em Hollywood: É Hora da Mudança’

“Agora tudo vai mudar”. Esta frase é repetida a cada vez que um filme estrelado e/ou dirigido por mulheres faz sucesso nas bilheterias. De Thelma & Louise (1991) à Mulher-Maravilha (2017), passando pela saga Crepúsculo (2008-2012) e por comédias como Viagem das Garotas (2017), por que será que os êxitos se acumulam, mas a desigualdade de gênero no cinema continua?

Esta é a pergunta por trás de Mulheres em Hollywood: É Hora da Mudança, documentário exibido no Festival de Toronto que já pode ser visto pelo público brasileiro no Telecine – direto na internet.

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Além de oferecer dados sobre a participação da mulher em frente e por trás das câmeras, o filme reúne um impressionante time de estrelas que compartilham suas experiências no set e contam como é ser mulher e trabalhar em Hollywood. Para comemorar a estreia do documentário no Telecine, reunimos tudo o que você precisa saber sobre Mulheres em Hollywood: É Hora da Mudança. Depois, é só clicar aqui para ver o filme!

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Geena Davis produziu e é entrevistada no filme

Geena Davis é figura central do documentário
Recém-premiada com o Oscar honorário por seu ativismo pelas mulheres em Hollywood, a atriz Geena Davis não apenas é uma das muitas entrevistadas do documentário como também assumiu a produção executiva. Ela foi convidada a entrar no projeto pelo diretor Tom Donahue, dado seu trabalho à frente do Instituto Geena Davis, uma das mais importantes organizações que pesquisam e lutam pela igualdade de gênero no cinema e na televisão. Grande parte dos dados citados em Mulheres em Hollywood: É Hora da Mudança foram obtidos em levantamentos realizados pelo Instituto Geena Davis.

O filme é dirigido por Tom Donahue
Apesar da ironia de um homem dirigir um filme sobre a baixa presença das mulheres na indústria cinematográfica, Geena Davis afirmou em entrevistas que não hesitou em aceitar o convite de Tom Donahue, e que ele foi a primeira pessoa a procurá-la para um projeto deste tipo. Antes de Mulheres em Hollywood, Donahue dirigiu Casting By (2012), documentário sobre a trajetória da diretora de elenco Marion Dougherty (1923-2011). Uma agente que gostou do filme o convidou para uma reunião e perguntou se ele não consideraria fazer algo mais amplo sobre os obstáculos enfrentados pelas mulheres no cinema. Ele disse ter topado na hora. Nos créditos do longa, afirma que mais de 75% da equipe do filme foi formada por mulheres.

O filme reúne entrevistas com MUITAS estrelas
Mulheres em Hollywood inclui entrevistas com dezenas de atrizes, diretoras e roteiristas, incluindo Cate Blanchett, Natalie Portman, Meryl Streep, Tiffanny Haddish, Sandra Oh, Taraji P. Henson, Shonda Rhimes, Callie Khouri, Kimberly Peirce, Sharon Stone, Amber Tamblyn, Rose McGowen, Amandla Stenberg, Chloë Grace Moretz, Reese Witherspoon, Tracee Ellis Ross, Marisa Tomei, Gillian Anderson, Zoe Saldana, Catherine Hardwicke e Patty Jenkins – para citar apenas algumas!

O #MeToo ajudou a equipe a conseguir entrevistas
Em 2017, o escândalo envolvendo o produtor Harvey Weinstein motivou uma avalanche de outras denúncias de assédio em Hollywood e fortaleceram o movimento #MeToo. À imprensa americana, o diretor Tom Donahue contou que esse cenário facilitou o agendamento de entrevistas para o documentário, já que muitas mulheres se sentiram mais encorajadas e confortáveis para falar sobre desigualdade de gênero em frente às câmeras.

As “Original Six”, da esquerda para a direita, a partir do fundo: Joelle Dobrow, Nell Cox, Susan Nimoy,
Dolores Ferraro, Lynne Littman e Vicki Hochberg – Foto: Lynne Littman

O filme conta a fascinante história das “Original Six”
Entre as muitas histórias contadas por Mulheres em Hollywood: É Hora da Mudança, a mais interessante é a do grupo conhecido como “Original Six”. Tratam-se de seis mulheres que, no fim dos anos 1970, formaram um comitê dentro do Sindicato dos Diretores dos Estados Unidos para abordar a desigualdade de gênero. Sua mobilização culminou em um processo contra dois estúdios americanos alegando discriminação de gênero, e inspirou uma nova ação em 2015, instigada pela diretora Maria Giese. Para contar esta história em detalhes, o documentário entrevista não apenas Maria, mas também cinco das seis pioneiras.

O documentário é dedicado à diretora Stacy Title
Mulheres em Hollywood acaba com uma dedicatória: “para Stacy Title – sua voz nunca será silenciada”. Stacy foi indicada ao Oscar com o curta-metragem Down on the Waterfront (1993) e dirigiu longas como The Last Supper (1995) e The Bye Bye Man (2017). Em 2017 ela foi diagnosticada com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e no ano seguinte, perdeu a capacidade de falar. Ela continua trabalhando no que deve ser seu próximo filme: Walking Time Bomb.


* Este conteúdo foi produzido pelo Mulher no Cinema e é patrocinado pelo Telecine.

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