Oito filmes dirigidos por mulheres que você pode ver de graça na Mostra de SP

Oito filmes dirigidos ou codirigidos por mulheres poderão ser vistos de graça durante a 44ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, que ocorre de 22 de outubro a 4 de novembro. Por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), desta vez o festival é online e acessível a todo o território nacional.

Leia também: Veja todos os filmes dirigidos por mulheres na Mostra 2020
Apoie: Colabore com o Mulher no Cinema e acesse conteúdo exclusivo

De forma geral, as exibições são feitas pela plataforma Mostra Play, que permite a compra dos filmes por R$ 6 (cada). Mas 31 títulos também estão disponíveis gratuitamente nas plataformas Spcine PlaySesc Digital – esta última dividiu a programação em três blocos, com seis títulos exibidos a partir desta quinta (22), e novos lotes nos dias 26 e 29 de outubro. Todas as plataformas têm limites de visualizações para cada filme.

Além disso, quatro filmes dirigidos por mulheres e exibidos em edições anteriores da Mostra estão disponíveis no site do Itaú Cultural. São eles: Era o Hotel Cambridge, de Eliane Caffé; Mulher do Pai, de Cristiane Oliveira; Pitanga, de Camila Pitanga e Beto Brant; e Tudo É Projeto, de Joana Mendes da Rocha e Patricia Rubano.

Abaixo, conheça os oito filmes dirigidos por mulheres que integram a programação da Mostra 2020 e podem ser vistos gratuitamente nas plataformas da Spcine e do Sesc. Para ver a lista completa com todos os longas de dirigidos por mulheres selecionados pelo festival este ano, clique aqui.

*

“A Arte de Derrubar”
[The Art of Fallism, Noruega/África do Sul, 2019]

Sentindo-se alienada, Wandile se junta a um grande protesto pela descolonização da universidade na África do Sul. As manifestações evoluem para um movimento nacional pela educação gratuita e o fim das repressões que ficaram de herança do apartheid. De repente, tornam-se alvo de ataques da direção da instituição, da polícia e do exército, ao mesmo tempo em que conflitos internos ameaçam separar o movimento. Dirigido por Gunnbjörg Gunnarsdóttir e Aslaug Aarsæther, foi exibido no festival Visions du Réel. Disponível na Spcine Play.


“Colômbia Era Nossa”
[Colombia In My Arms, Finlândia/França/Dinamarca/Noruega, 2020]

Após 52 anos de conflitos armados, as guerrilhas das Farc, na Colômbia, estão prestes a entregar suas armas em troca de participação política e de inclusão social para os mais pobres. Com o aguardado acordo de paz, Ernesto, um dos guerrilheiros, se vê em meio ao caos em uma sociedade que tem medo do futuro e teme pela própria sobrevivência. O documentário é dirigido por Jenni Kivistö e Jussi Rastas. Disponível na Spcine Play.


“Entre o Céu e a Terra”
[Between Heaven and Earth, Palestina/Luxemburgo/Islândia, 2019]

Salma é uma palestina de Nazaré e seu marido, Tamer, é filho de um famoso revolucionário morto em Beirute. Após cinco anos casados, Salma e Tamer irão se separar. No divórcio, são confrontados com uma descoberta surpreendente sobre o passado do pai de Tamer. Dirigido por Najwa Najjar. Disponível na Spcine Play.


“Guerra”
[Portugal, 2020]

A partir das recordações de um professor de língua portuguesa, seguimos seu pai, Manuel, um ex-combatente da guerra colonial. Iremos com ele até os quartéis e os lagos e jardins da sua juventude, bem como ao abismo da sua memória. Direção de Marta Ramos e José Oliveira. Disponível no Sesc Digital a partir de 22/10.


“Pilatos”
[Pilátus, Hungria, 2019]

Iza é médica e mora em uma grande cidade. Um dia, ela decide que a mãe, Anna, que acabou de ficar viúva e vive no interior, deve morar com ela. A convivência, porém, faz com que o relacionamento entre mãe e filha, ambas com personalidades fortes, entre em colapso. O filme é uma adaptação do livro homônimo da autora húngara Magda Szabó. Dirigido por Linda Dombrovszky. Disponível na Spcine Play.


“Sobradinho”
[Brasil, 2020]

Nos anos 1970, uma barragem e uma usina hidrelétrica foram construídas em Sobradinho, no sertão da Bahia. Como resultado, 73 mil pessoas foram deslocadas e quatro cidades e dezenas de vilas ficaram submersas. Dona Pequenita foi a única habitante a retornar ao local; lá, ela vive em uma cidade-fantasma e recebe a visita de três agentes sociais que possuem vídeos e fotos antigas da região. Documentário dirigido por Marília Hughes e Cláudio Marques. Disponível no Sesc Digital a partir de 26/10.


“Solo”
[Toprak, Alemanha/Turquia, 2020]

Desde que seus pais morreram, o adolescente Burak mora com a avó e o tio, Cemil, em uma pequena vila na Turquia, onde trabalham vendendo romãs. Enquanto Cemil, que é muito religioso, se contenta com a vida que leva por ali, Burak quer mudar para a cidade grande e entrar na faculdade. Quando a avó adoece, os dois precisarão tomar decisões difíceis. Dirigido por Sevgi Hirschhäuser. Disponível na Spcine Play.


“A Vida na Estrada”
[Life on the Road, Iraque, 2020]

Em 2015, o produtor Bahman Ghobadi e alguns colegas ensinaram crianças em um campo de refugiados no Iraque a filmar. Depois das aulas, garotos e garotas gravaram seus próprios filmes, baseados na rotina de cada um, que deram origem ao longa documental A Vida na Fronteira (2016). Agora, quatro desses jovens cineastas – Sidra Rezwan, Salva Soleiman Sedo, Ekhlas Heydar Samubud, Adnan Faroq – retornam às suas cidades natais na Síria, já livres do Estado Islâmico, e filmam novos curtas. Disponível na Spcine Play.

Top