Festival do Rio: veja os filmes brasileiros dirigidos por mulheres na programação

Vinte e quatro filmes brasileiros dirigidos por mulheres estão na programação da edição deste ano do Festival do Rio, realizada na capital fluminense entre 9 e 19 de dezembro. Além dos títulos nacionais, o evento também exibe filmes de outros países, completando uma seleção de mais de 100 produções.

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Como sempre, os filmes nacionais na programação do Festival do Rio estão abrigados na mostra Première Brasil. Na competição de longas-metragens de ficção, há quatro filmes dirigidos por mulheres entre os dez selecionados; no caso dos documentários, são dois de seis.

Abaixo, conheça todos os curtas e longas brasileiros dirigidos por mulheres que estão na programação do Festival do Rio. Para consultar horários e locais de exibição, consulte o site do evento.

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“Ato”
[Brasil, 2021]

Exibido no Festival de Veneza, o primeiro curta de ficção de Bárbara Paz é ambientando em um mundo marcado pela solidão. Nesse contexto, Dante conhece Ava, que lhe oferece o afeto que ele precisa para fazer sua travessia.


“BR Trans”
[Brasil, 2021]

Partindo da peça BR Trans, protagonizada pelo ator Silvero Pereira, os cineastas Tatiana Issa e Raphael Alvarez abordam o cotidiano da população trans brasileira. No filme, histórias reais e ficcionais se misturam.


“Cafi”
[Brasil, 2021]

O documentário de Natara Ney e Lírio Ferreira aborda a vida e a obra do fotógrafo, cenógrafo e artista plástico Carlos Filho, conhecido como Cafi. Pernambucano radicado no Rio de Janeiro, ele participou da vida cultural brasileira durante quatro décadas e assinou capas históricas de discos lançados por grandes nomes da música.


“Chão de Fábrica”
[Brasil, 2021]

O curta de ficção é ambientado em 1979, quando as máquinas de uma metalúrgica de São Bernardo do Campo são desligadas para o horário do almoço. Quatro operárias comem dentro do banheiro feminino e, entre risos e conflitos, guardam segredos. Dirigido por Nina Kopko, diretora assistente de A Vida Invisível (2019).


“Diário de Viagem”
[Brasil, 2021]

Em 1995, logo após a implantação do Plano Real, a adolescente Liz é enviada pelos pais emergentes para um período de intercâmbio na Irlanda. De volta ao Brasil, Liz desenvolve um transtorno alimentar que vai impactar todos os aspectos de sua vida. Dirigido por Paula Kim.


“O Fundo dos Nossos Corações”
[Brasil, 2021]

Joana é uma curiosa menina de 7 anos que quer descobrir como veio ao mundo a partir de duas barrigas. Dirigido por Letícia Leão, está programado na sessão Curtas Novos Rumos.


“Já que Ninguém me Tira para Dançar”
[Brasil, 2021]

Remasterizado a partir de sua versão original e inédita, o documentário de Ana Maria Magalhães faz um resgate da participação de Leila Diniz (1945-1972) na cultura brasileira. Lançado quase cinquenta anos após a morte da atriz, o filme inclui entrevistas realizadas pela diretora nos anos 1980.


“Da Janela Vejo o Mundo”
[Brasil, 2021]

Uma análise da mulher na sociedade a partir da observação de Catarina, conforme ela anda pela areia da memória. Curta-metragem dirigido pela cineasta Ana Catarina Lugarini.


“Lina”
[Brasil, 2021]

Em meio aos conflitos com a mãe, à cumplicidade com a avó e às entregas de quentinhas, Lina encontra um caderno de poesia que lhe desperta para seu primeiro amor. Curta-metragem de Melise Fremiot.


“O Livro dos Prazeres”
[Brasil/Argentina, 2020]

A diretora Marcela Lordy faz uma livre adaptação de Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres, de Clarice Lispector (1920-1977). Na trama, Lóri é uma mulher solitária e melancólica que um dia conhece o argentino Ulisses, um renomado, egocêntrico e provocador professor de filosofia. É com ele que Lóri aprenderá a amar.


“Masar – Caminhos à Mesa”
[Brasil, 2021]

Entre memórias e sabores, um sírio, um curdo e um palestino refugiados no Rio de Janeiro se encontram para um banquete neste documentário de curta-metragem dirigido por Amina Nogueira e Ana Sanz.


 “Medusa”
[Brasil, 2021]

Mariana vive em um mundo onde precisa manter a aparência de uma mulher perfeita. Para não caírem em tentação, ela e suas amigas se esforçam ao máximo para controlar tudo e todas ao redor. Até que a vontade de gritar fica mais forte. Dirigido por Anita Rocha da Silveira, foi exibido na Quinzena dos Realizadores de Cannes.


“Nũhũ Yãg Mũ Yõg Hãm: Essa Terra É Nossa!”
[Brasil, 2020]

O documentário mostra a destruição causada pelos brancos nas terras dos Tikmu’un, como se autodenominam os povos indígenas brasileiros conhecidos como Maxakali. Os cineastas Sueli Maxakali e Isael Maxakali mostram a resistência da cultura e do povo indígena, com codireção de Carolina Canguçu e Roberto Romero. Ganhador do prêmio do Júri Jovem da seção Olhos Livres da Mostra de Cinema de Tiradentes.


“Okofá”
[Brasil, 2021]

Um corpo multiartista, transindígena e nordestino na cidade de São Paulo. Curta-metragem de documentário dirigido por Daniela Caprine, Mariana Bispo, Pedro Henrique Martins, Rafael Rodrigues e Thamires Case.


“Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui”
[Brasil, 2021]

A cantora Zélia Duncan interpreta Vange, motoqueira solitária que se encanta pela liberdade de quatro garotas. Cansada de estar sozinha, Vange vai a uma festa lésbica pela primeira vez. O curta de Érica Sarmet também tem no elenco Bruna Linzmeyer, Lorrane Motta, Camila Rocha e Clarissa Ribeiro.


“Pele Negra, Justiça Branca”
[Brasil, 2021]

Uma mãe negra é separada de suas filhas pequenas, num exemplo da violência empregada pelo Estado que promove a ruptura dos laços afetivos de uma comunidade quilombola. Documentário dirigido por Cinthia Creatini da Rocha, Valeska Bittencourt e Vanessa Rosa Gasparelo.


“Romance”
[Brasil, 2021]

Juliana é uma mulher livre, mas o mundo ao seu redor parece não querer permitir que isto seja verdade. Curta-metragem de ficção escrito e dirigido por Karine Teles.


“Saudade do Futuro”
[Brasil/Portugal, 2021]

O documentário de Anna Azevedo percorre Portugal, Brasil e Cabo Verde em busca de histórias atravessadas pela saudade. Diferentes personagens falam sobre ausências causadas por acontecimentos que marcaram a história dos três países, como a colonização, a escravidão e a ditadura.


“Sol”
[Brasil, 2021]

Um pai recém-separado tem dificuldade de se conectar com a filha de dez anos. Um dia, é forçado a viajar com ela, em busca do próprio pai que o abandonou quando criança e agora quer morrer. Dirigido por Lô Politi.


“Solitude”
[Brasil, 2021]

Na Amazônia, Sol se recupera do término de um relacionamento abusivo enquanto sua Sombra foge para o deserto do Atacama por não aguentar ver seu sofrimento. Enquanto Sol começa a retomar seus sonhos, sua Sombra busca independência. Curta-metragem dirigido por Tami Martins e Aron Miranda.


“Terra Estrangeira”
[Brasil/Portugal, 1995]

O Festival do Rio exibirá uma versão restaurada do filme de Daniela Thomas e Walter Salles que completa 25 anos. Na trama, o jovem Paco deixa um Brasil sem perspectivas e embarca para Portugal com uma misteriosa encomenda. Em seu novo lar, ele encontra o amor e o perigo.


“A Viagem de Pedro”
[Brasil, 2021]

Em 1831, durante a travessia do Atlântico em uma fragata inglesa rumo à Europa, Pedro, o ex-imperador do Brasil, busca forças para enfrentar seu irmão que usurpou seu reino em Portugal. Doente e inseguro, Pedro entra na embarcação em busca de uma pátria e em busca de si mesmo. Dirigido por Laís Bodanzky.


“VIVXS!”
[Brasil, 2021]

Em um encontro diaspórico, poetas de diferentes partes do mundo se reúnem no Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, o maior porto de escravizados da história da humanidade. Curta-metragem dirigido por Claudia Schapira, Roberta Estrela D’Alva e Tatiana Lohmann.


“Ziraldo – Era Uma Vez um Menino…”
[Brasil, 2021]

A vida e obra do cartunista Ziraldo são contadas nesse documentário dirigido por sua filha, Fabrizia Pinto. O filme conta com entrevistas concedidas pelo artista ao longo de mais de 40 anos, nas quais fala sobre seu processo criativo e seus personagens, e também sobre família e política.

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