Liz Garbus e os desafios de um filme sobre Nina Simone

O lançamento mais comentado da semana não foi no cinema, mas, sim, no Netflix. “What Happened, Miss Simone?” é um elogiado documentário sobre a cantora Nina Simone que está disponível também na versão brasileira do serviço.

A direção é de Liz Garbus, indicada ao Oscar pelo documentário “The Farm: Angola”, e também conhecida por “Love, Marilyn” e “Bobby Fischer Against the World”.

Em “What Happened, Miss Simone?” ela usa material de arquivo raro ou inédito para mostrar a vida e a carreira da cantora, assim como seu papel como ativista pelos direitos dos negros. O crescente debate sobre racismo nos Estados Unidos, motivado após várias mortes de cidadãos negros, tornou o filme ainda mais relevante.

No site Rotten Tomatoes, que agrega textos de críticos americanos, o documentário tem 81% de resenhas positivas. O filme é “elétrico e urgente”, segundo o “The New York Times”; tem “meticulosa pesquisa”, segundo a Variety; e faz “um denso painel de uma artista de extremos”, segundo o jornal “O Globo”.

Em entrevista ao site Indiewire, Garbus contou sobre como buscou fugir do modelo “cabeças falantes”, os desafios que enfrentou durante a produção e o que a atraiu no projeto:

“[Quando me ofereceram o filme] Pensei: ‘Claro, sou fã, mas qual é a história?’ Porque eu não sabia a história da Nina, só conhecia sua música. Existem muitos artistas que têm um trabalho incrível, mas viveram uma vida calma, que não daria um bom filme. Mas assim que comecei a tirar as camadas dessa cebola, percebi que essa era uma história que tinha todo o drama e a relevância política que eu poderia querer.”

Leia a entrevista completa aqui

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