Diversidade em Hollywood estagnou na última década, aponta estudo

Um estudo mostrou que o debate sobre diversidade em Hollywood ainda precisa surtir efeito prático: dados sobre gênero e raça dos diretores dos filmes de maior bilheteria não sofreram alterações significativas na comparação entre 2007 e 2016.

Realizada pela Universidade do Sul da Califórnia, a pesquisa analisou os 100 longas-metragens mais lucrativos nos Estados Unidos anualmente na última década. Dos 1.114 cineastas responsáveis por estes filmes, 96% são homens e 4% são mulheres. Isso significa uma proporção de 23.8 diretores para cada diretora.

Além disso, apenas 5,1% dos cineastas são negros e 3% são asiáticos.

O estudo também colocou em números a conhecida dificuldade de muitas diretoras em dar continuidade à carreira mesmo depois de um filme de sucesso: 80% das cineastas lançaram apenas um longa-metragem no período analisado, contra 54,9% de diretores homens que trabalharam apenas uma vez.

Outros dados importantes:

    • Entre as 45 mulheres na direção, há apenas três negras e três asiáticas.
    • As diretoras têm maior presença em dramas (40,9%), comédias (29,6%) e animações (11,4%), e menor presença em ficção científica ou fantasia (6,8%), ação (4,6%) e suspense (4,6%). Só uma mulher dirigiu um filme de terror (2,3%).
    • Cineastas negros – homens e mulheres – trabalharam principalmente em dramas (41,1%) e comédias (37,5%), e pouco em ficção científica ou fantasia (3,6%), suspense (3,6%) e terror (1,8%).
    • Cineastas asiáticos – homens e mulheres – trabalharam principalmente em animação (27,3%) e terror (24,2%) e menos em suspense (3%) e comédia (3%).
    • A carreira dos homens costuma ser mais longa: dos 20 aos 80 anos, enquanto mulheres trabalham dos 30 aos 60.
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      Veja o estudo completo aqui

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