Indiana Payal Kapadia vence Grand Prix em Cannes com 1º longa de ficção

A diretora indiana Payal Kapadia venceu o Grand Prix, considerado o segundo troféu mais importante do Festival de Cannes, com All We Imagine as Light, seu segundo longa-metragem – e o primeiro de ficção. O filme também foi a primeira produção da Índia a participar da competição de Cannes desde 1994. 

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All We Imagine as Light conta a história de duas mulheres que vivem juntas em Mumbai, cidade natal da cineasta. Uma delas é a enfermeira Prabha (Kani Kusruti), que recebe um presente inesperado do marido, com quem não tinha contato há muito tempo. A outra é a jovem Anu (Divya Prabha), que tenta encontrar uma forma de ter momentos de intimidade com o novo namorado.

Kapadia, que nasceu em 1986, já tinha vencido o prêmio de melhor documentário em Cannes com Uma Noite Sem Saber Nada (2021), sua estreia na direção de longas.

Na edição deste ano do festival, a 77ª, apenas quatro filmes dirigidos por mulheres estavam entre os 22 selecionados para disputar a Palma de Ouro. Além de All We Imagine as Light, também estavam na disputa Bird, de Andrea Arnold; Wild Diamond, de Agathe Riedinger; e The Substance, de Coralie Fargeat, que venceu o prêmio de roteiro. A Palma de Ouro foi para Anora, de Sean Baker, estrelado pela atriz Mikey Madison.

Outro destaque da premiação foi a entrega do troféu de melhor atriz para o elenco de Emilia Pérez, filme dirigido por Jacques Audiard. Karla Sofia Gascón foi quem subiu ao palco para receber o prêmio, representando as colegas Adriana Paz, Zoe Saldaña e Selena Gomez. De acordo com a imprensa internacional, Gascón é a primeira atriz trans a ser reconhecida em Cannes.

O júri da competição foi presidido pela atriz, roteirista e diretora americana Greta Gerwig, na primeira vez que uma mulher ocupou o posto desde 2018.

Em 77 anos de Cannes, só três longas dirigidos por mulheres venceram a Palma de Ouro: O Piano, de Jane Campion, em 1993; Titane, de Julia Ducournau, em 2021; e Anatomia de uma Queda, de Justine Triet, em 2023. Além disso, apenas duas mulheres venceram o prêmio de direção: Yuliya Solntseva por A Epopéia dos Anos de Fogo (1961), Sofia Coppola por O Estranho que Nós Amamos (2017).


Foto: Valery Hache/AFP

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