Tudo o que você precisa saber sobre “Diary of a Teenage Girl”

Entre as centenas de filmes que integram a programação do Festival do Rio, que começa nesta quinta-feira (1°), ao menos um é imperdível para quem se interessa pela representação feminina no cinema: “The Diary of a Teenage Girl”.

Ainda sem previsão de estreia no Brasil, o primeiro filme da diretora Marielle Heller se passa na São Francisco dos anos 1970 e conta a história de Minnie Goetze, uma garota de 15 anos que começa a descobrir o sexo com ninguém menos do que o namorado da mãe.

A princípio pode parecer aquela trama tipo Lolita que todo mundo já viu mil vezes. Mas os críticos americanos e ingleses garantem que não é nada disso: o filme, ao contrário, é extremamente original ao discutir a sexualidade de uma garota – e não de um garoto – abertamente e sem julgamentos.

Empolgou também? Mulher no Cinema conta 10 coisinhas que você precisa saber sobre “The Diary of a Teenage Girl”:

1 – O filme é baseado em um graphic novel
Tudo começou há dez anos, quando Heller, então atriz, ganhou um presente da irmã: o graphic novel “The Diary of a Teenage Girl: An Account in Words and Pictures”, lançado em 2002 por Phoebe Gloeckner, com base em seus diários da adolescência.

2 – Antes de ser filme, a história virou peça
Inicialmente, Heller quis escrever um espetáculo teatral baseado em “The Diary of a Teenage Girl”. Foram dez meses para convencer Gloeckner a vender os direitos, mas a peça estreou em 2010 – com a própria Heller no papel principal. Quando acabou a temporada, porém, ela não estava satisfeita. “Não é que queria fazer um filme. Tinha que fazer esse filme”, contou, ao site IndieWire.

3 – O filme segue o formato de diário e tem animação
A história vai sendo contada conforme Minnie usa um gravador para registrar os acontecimentos de sua vida. Como ela ama quadrinhos, também há cenas com personagens e efeitos que lembram HQs.

4 – Kristen Wiig foi a primeira a entrar para o elenco
A atriz de “Missão Madrinha de Casamento” topou fazer o papel de Charlotte, a mãe festeira de Minnie. Depois, Alexander Skarsgard assinou contrato para interpretar Monroe, namorado de Charlotte, que começa um caso com a filha dela.

5 – Bel Powley é a protagonista
Heller fez testes com cerca de 100 atrizes até escalar Powley, que nasceu em Londres em 1992. Até “Diary”, ela era pouco conhecida, trabalhando principalmente em séries e filmes para a TV, como “Murderland” e “M.I. High”.

6 – O filme recebeu censura 18 anos no Reino Unido
Isso apesar dos protestos dos realizadores (nos EUA, menores de 17 só podem ver “Diary” acompanhado dos pais) e da protagonista. “É tabu falar de garotas tendo desejos sexuais nessa idade, embora possamos falar sem problemas de garotos querendo transar, ficando excitados”, disse Powley ao “New York Times”.

Kristen Wiig, Bel Powley e Alexander Skarsgard em
Kristen Wiig, Bel Powley e Alexander Skarsgard em “The Diary of a Teenage Girl”

7 – Powley tem várias cenas de nudez e sexo
E ficou feliz de o filme mostrar uma garota com um corpo normal como o dela. “Acho que as imagens mostradas na mídia são muito negativas para as meninas. Elas levam muito tempo para aprender a amar a si mesmas”, afirmou, ao IndieWire. “Gostaria de ter visto um corpo normal na tela, em um filme tão brilhante sobre a sexualidade feminina, quando eu era adolescente.”

8 – Segundo a diretora, o objetivo do filme não é nem glorificar, nem condenar a pedofilia
Em Sundance, um membro da plateia perguntou a Heller qual o motivo de querer contar a história de uma adolescente que tem um caso com um homem de 30 e poucos anos. Ela queria condenar ou glorificar a pedofilia? A diretora respondeu: “Nenhum dos dois. Só tinha uma intenção: contar uma história honesta sobre uma adolescente e como é ser uma garota.”

Ao IndieWire, ela completou: “Se só refletimos sobre o que é ser um garoto descobrindo a sexualidade, então as meninas serão sempre os objetos dessa história. Nunca serão as que tem a ação, que podem ter sua própria experiência. Vão sempre se ver pelos olhos dos homens, ao invés de seus próprios olhos.”

9 – O filme teve 95% de críticas positivas nos EUA
De acordo com o site especializado Rotten Tomatoes, que agrega comentários de diferentes veículos, o consenso da crítica é que o longa é “corajosamente original”, “honesto” e “uma história de amadurecimento que não julga seu tema e sua protagonista.”

10 – “Diary” terá seis exibições no Festival do Rio
Veja as informações aqui. O trailer (em inglês) você vê abaixo:

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