10 filmes dirigidos por mulheres para ver no É Tudo Verdade

Principal festival de documentários do Brasil, o É Tudo Verdade chega nesta semana a Rio de Janeiro (20 a 30 de abril) e São Paulo (21 a 30 de abril), com mais de 80 filmes de 30 países na programação. Uma seleção de premiados e destaques também passa, depois, por Porto Alegre (3 a 7 de maio) e Brasília (4 a 7 de maio).

A edição paulista conta com uma mesa de debates sobre a presença feminina no documentário, que terá a participação de Neusa Barbosa e Flávia Guerra, integrantes do coletivo Elviras de críticas de cinema, e de realizadoras convidadas. O debate será no dia 21, às 17h, no Centro Cultural São Paulo (CCSP).

Para quem quer aproveitar o festival para prestigiar o trabalho das mulheres, preparamos uma lista com dez filmes de diretoras que estão na programação. Depois, é só acessar o site do É Tudo Verdade para consultar datas, horários e locais de exibição. E não se esqueça: todas as sessões do festival são gratuitas!


atentamenteee“Atentamente”
[Colômbia, 2016]
Libardo e Alba começam uma história de amor na residência de idosos onde vivem. O casal tem uma grande obsessão: encontrar uma forma de juntar dinheiro para conseguir pagar uma noite em um hotel e, assim, desfrutar de uma intimidade que não podem ter na instituição. Além disso, os dois também têm de lidar com suas fragilidades e hesitações. Documentário dirigido por Camila Rodríguez Triana.


comunhao“Comunhão”
[Komunia, Polônia, 2016]
A cineasta estreante Anna Zamecka acompanha o processo de amadurecimento de Ola, uma garota de apenas 14 anos que cuida do pai, que só pensa em televisão e cerveja, e do irmão autista de 13 anos, chamado Nikodem. Sua mãe vive com outro homem e um bebê. Para tentar reunir essa família dividida, Ola põe suas fichas na primeira comunhão de Nikodem, um evento que, como sempre, prepara sozinha.


em um mundo interior“Em Um Mundo Interior”
[Brasil, 2017]
O documentário dirigido por Mariana Pamplona e Flavio Frederico observa o universo do Transtorno do Espectro do Autismo, acompanhando o cotidiano de crianças brasileiras de diferentes regiões, classes sociais e graus de transtorno. Os cineastas buscam apresentar uma experiência sensorial e cognitiva, além de tentar compreender como quem tem o transtorno vivencia a realidade.


os cariocas“Eu, Meu Pai e os Cariocas – 70 Anos de Música no Brasil”
[Brasil, 2017]
A trajetória do grupo Os Cariocas, um dos mais importantes da música popular brasileira, pelo olhar da diretora Lúcia Veríssimo, filha de um de seus principais expoentes, o maestro Severino Filho (1928-2016). Famosa pelos arranjos vocais, a banda passou por períodos difíceis da história do Brasil, teve diversas formações e fez uma gravação histórica de “Chega de Saudade”, ao lado de João Gilberto, em 1958.


laertese“Laerte-se”
[Brasil, 2017]
As diretoras Lygia Barbosa da Silva e Eliane Brum fazem um perfil de Laerte Coutinho, uma das mais importantes cartunistas do Brasil, que desde 2009 identifica-se como transgênero. Produzido pela Netflix, o documentário “acompanha a investigação de Laerte sobre o mundo feminino” e aborda sua relação com amigos e familiares, suas posições políticas e as histórias de seus personagens.


losninos“Los Niños”
[Chile, 2016]
Um grupo de amigos com síndrome de Down e na faixa dos 50 anos encara um momento de mudança. Depois de quatro décadas frequentando a mesma escola e tendo a mesma rotina, eles sonham em encontrar um trabalho, ter uma vida independente e formar suas próprias famílias. Para isso, terão de enfrentar preconceitos sociais e impedimentos legais. Dirigido pela cineasta Maite Alberdi.


luzobscura“Luz Obscura”
[Portugal, 2016]
Depois de Natureza Morta (2005) e 48 (2010), a diretora Susana de Sousa Dias apresenta mais um documentário que tem sua origem nos arquivos da Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), que atuou em Portugal de 1945 a 1969. A partir da fotografia de uma mulher segurando um bebê no colo, a cineasta busca preencher as lacunas na memória de uma família que foi perseguida politicamente.


mexeu com uma mexeu com todas“Mexeu Com Uma, Mexeu Com Todas”
[Brasil, 2017]
O documentário dirigido pela cineasta Sandra Werneck faz uma reunião de depoimentos dados por vítimas e sobreviventes de abuso sexual, incluindo personalidades como a nadadora Joana Maranhão, a ex-modelo Luíza Brunet, a escritora Clara Averbuck e a farmacêutica Maria da Penha (que empresta seu nome à lei de 2006 que criminaliza a violência contra a mulher), entre outras brasileiras.


marina“O Poder de Solovkí”
[Solovetskaya vlast, Rússia, 1988]
A cineasta russa Marina Goldovskaya conta a história de Solovkí, um dos primeiros campos soviéticos de trabalhos forçados para prisioneiros políticos. Criado em 1923, ele recebeu milhares de pessoas até 1939, quando deixou de funcionar. Mais de sessenta anos depois, antigos prisioneiros políticos conversam com a diretora e relembram o cotidiano do local e as experiências pelas quais passaram.


quem e primavera neves“Quem É Primavera das Neves”
[Brasil, 2017]
O documentário dos cineastas Ana Luiza Azevedo e Jorge Furtado procura revelar a trajetória de Primavera das Neves, portuguesa radicada no Brasil que foi responsável pela tradução de obras escritas por autores como Lewis Carroll, Julio Verne, Vladimir Nabokov e Adolfo Bioy Casares. Nesta busca por informações, as guias são duas amigas de infância da tradutora: Eulalie Ligneul e Anna Bella Geiger.

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