Mulheres no Oscar: Conheça as indicadas nas três categorias de curta-metragem

Aquecendo os motores para o Oscar 2019, que ocorre em 24 de fevereiro, Mulher no Cinema vai publicar, diariamente, um breve perfil de todas as profissionais femininas indicadas em cada uma das categorias.

Oscar 2019: Confira a lista completa com todas as mulheres indicadas
Saiba mais: Veja todas as mulheres que já foram indicadas ao Oscar de direção

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Já falamos sobre as mulheres indicadas a melhor filmeatrizatriz coadjuvanteroteiro adaptadoroteiro originalfilme estrangeiroanimaçãodocumentáriodesign de produçãofigurinocabelo e maquiagemedição de som, mixagem de som e canção original. Para encerrar o especial, falamos das categorias de curta-metragem: live-action, animação e documentário. Saiba mais:


CURTA DE LIVE-ACTION
As mulheres são cinco dos dez indivíduos na disputa, mas apenas um dos curtas concorrentes é dirigido por uma mulher: Marguerite, de Marianne Farley. Conheça as indicadas:

Jaime Ray Newman, por Skin
Nascida em 1978 nos EUA, foi cantora de jazz antes de fazer carreira como atriz. Trabalhou em séries como Veronica Mars (2006-07), Drop Dead Diva (2010-13), Motel Bates (2016) e O Justiceiro (2017), entre outras. Estreou como produtora neste curta, que vai virar longa, sobre um menino criado por supremacistas brancos. Divide a primeira indicação ao Oscar com o diretor Guy Nattiv, que é seu marido.

María del Puy Alvarado, por Mother
Nascida na Espanha, dirigiu, produziu e escreveu o curta Peces (2005). Desde então, trabalha como roteirista e principalmente como produtora. Tem no currículo filmes como Luchadoras (2009), Elena Asins – Génesis (2015) e Dinheiro em Jogo (2016). A primeira indicação ao Oscar, em parceria com o diretor Rodrigo Sorogoyen, é pelo curta que conta a história de Marta, uma mulher que se vê separada de seu filho.

Maria Gracia Turgeon, por Fauve 
Canadense, começou a carreira em Montreal e em 2017 fundou a produtora Midi La Nuit. Produziu curtas como Born in the Maelstrom (2017), How Tommy Lemenchick Became a Grade 7 Legend (2018) e Brotherhood (2018). Concorre ao Oscar pela primeira vez ao lado de Jérémy Comte, diretor de Fauve, filme sobre dois meninos que brincam juntos em uma paisagem isolada.

Marianne Farley, por Marguerite
Conhecida principalmente pelo trabalho como atriz, a canadense teve papéis em séries como Vampire High (2002) e This Life (2015-16) e filmes como O Enigma do Tempo (1999) e Imaginaerum (2012). Como diretora, têm dois curtas no currículo: Saccage (2015) e Marguerite, que também roteirizou. O filme, que narra a amizade de uma idosa e sua enfermeira, lhe rendeu a primeira indicação ao Oscar.

Marie-Hélène Panisset, por Marguerite
Produtora de Marguerite, divide a primeira indicação ao Oscar com
 Marianne Farley (veja acima). A canadense estudou jornalismo, dança e história da arte e trabalhou em diferentes funções no cinema. Dirigiu filmes como Lucidité passagère (2009) e A Moonless Night: Boat People, 40 Years Later  (2016), e produziu os curtas Magasin (2005) e Une femme de vien bonne humeur (2007), entre outros.


CURTA DE ANIMAÇÃO
As mulheres são cinco dos nove indivíduos na disputa, e três dos cinco curta indicados têm direção feminina: Comportamento Animal, de Alison Snowden e David Fine; Fim de Tarde, de Louise Bagnall; e Bao, de Domee Shi. Saiba mais sobre todas as indicadas:

Alison Snowden, por Comportamento Animal
Inglesa, é animadora, dubladora, produtora e roteirista e colabora frequentemente com o parceiro David Fine, codiretor de Comportamento Animal, que mostra bichos em sessão de terapia. A dupla ganhou o Oscar na mesma categoria com Bob’s Birthday (1994), curta que deu origem ao programa de TV Bob and Margaret (1998), e ela também concorreu sozinha em 1986 com Second Class Mail, sua estreia na direção.

Becky Neiman-Cobb, por Bao
Americana, trabalhou na indústria fonográfica como diretora criativa, fotógrafa e designer antes de entrar para a Pixar em 2004. Contratada como assistente de produção, assumiu diferentes funções, sobretudo no departamento de arte, em animações como Ratatouille (2007), Wall-E (2008) e Carros 2 (2011). Concorre ao primeiro Oscar por sua estreia na produção: Bao, história de uma chinesa que vê seu dumpling criar vida.

Domee Shi, por Bao
Nascida na China e criada no Canadá, entrou na Pixar como estagiária e foi contratada para integrar a equipe de Divertida Mente (2015). Trabalhou, também, em O Bom Dinossauro (2015), Os Incríveis 2 (2018) e, finalmente, Bao, primeiro curta do estúdio a ter uma mulher na direção. Ela também vai dirigir um longa da Pixar, ainda sem nome e com previsão de lançamento para 2022. Disputa o Oscar pela primeira vez.

Louise Bagnall, por Fim de Tarde
Irlandesa, estudou animação e é diretora criativa da Cartoon Saloon. Criou personagens para filmes como A Canção do Oceano (2014) e A Ganha-Pão (2017), e dirigiu os curtas Colour Contamination (2008), Donkey (2009) e Loose Ends (2013). Seu quarto trabalho na direção, Fim de Tarde, lhe rendeu a primeira indicação ao Oscar, em parceria com Nuria Gonzáles Blanco (veja abaixo).

Nuria González Blanco, por Fim de Tarde
Nascida na Irlanda, é produtora da Cartoon Saloon. Disputa o Oscar pela primeira vez pela produção do curta-metragem dirigido por Louise Bagnall (veja acima), que aborda a perda de memória de uma mulher idosa. Foi gerente de produção do longa A Ganha-Pão (2017) e trabalhou como produtora no curta Violet (2015) e nas séries de animação Puffin Rock (2016) e Pete the Cat (2017). 


CURTA DE DOCUMENTÁRIO
As duas únicas mulheres entre os nove indivíduos indicados concorrem pelo único filme com direção feminina entre os cinco que disputam na categoria. Saiba mais sobre elas:

Melissa Berton, por Absorvendo o Tabu
Professora de inglês em uma escola da Califórnia, Berton e suas alunas criaram a Pad Project, uma iniciativa que levou uma máquina de absorventes para Kathikhera, vilarejo da Índia onde o estigma ao redor da menstruação é tão grande que meninas que chegam nesta fase abandonam a escola. Absorvendo o Tabu documenta esta história e rendeu a Berton, creditada como produtora, sua primeira indicação ao Oscar.

Rayka Zehtabchi, por Absorvendo o Tabu
Americana de origem iraniana, em 2016 concluiu o curso de cinema centrado em produção. Pouco depois, foi convidada a dirigir Absorvendo o Tabu, curta do qual também é produtora e que está 
disponível na Netflix. O resultado foi a primeira indicação ao Oscar, que ela divide com Melissa Berton (veja acima). Seus outros curtas como diretora são Madaran (2016), We Home (2016) e Shnoof (2018).


Luísa Pécora é jornalista, criadora e editora do Mulher no Cinema – fotos: Getty Images

Mulher no Cinema publica perfis de todas as mulheres indicadas ao Oscar 2019 até 24/02. A cada dia é publicado um texto sobre uma categoria diferente. Acompanhe a série completa aqui.

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