O que Agnès Varda representa para você? Leitores do Mulher no Cinema respondem

O que Agnès Varda representa para você? Foi esta a pergunta que o Mulher no Cinema fez aos seguidores de seu perfil no Twitter nesta sexta-feira (29), dia em que foi anunciada a morte da célebre diretora.

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Colocar a importância de Varda em palavras não é tarefa fácil. Nome fundamental da nouvelle vague, ela teve profunda influência tanto na ficção quanto no documentário, foi a única mulher a ganhar a Palma de Ouro honorária e a primeira diretora a ganhar o Oscar pelo conjunto da obra. Em mais de 60 anos de carreira, ela impactou a plateia repetidas vezes. Abaixo, leia a homenagem dos leitores e leitoras do Mulher no Cinema:

“Os filmes dela me ajudaram durante minha depressão. Ela nos abraça com sua visão delicada e realista. Ela faz tudo sem a arrogância dos grandes diretores, sempre com os pés no chão e sabendo olhar pro outro.”
– Anna Piantino

“Uma das melhores cineastas. Seu cinema é tão humano, tão emocionante e de uma enorme beleza. Sempre no limite entre o documentário e a ficção, seu cinema é uma experiência única. Viva Varda!”
– Diego Tavares

“Varda foi meu primeiro encontro com a humanidade e empatia profunda do cinema. Ela foi a primeira que me fez assistir a um filme com o corpo todo. Suas obras são experiências lindas que vou carregar pra sempre.”
– Ingryd Rios

“Sem dúvida a razão pra adorá-la tanto é o fato de ela sempre tomar posição junto às mulheres e minorias, e retratá-las em seus trabalhos. Pra mim, ninguém nunca contribuiu tanto para o cinema como ela.”
– Jadna Santos

“Varda representa inspiração e resistência. Mostrou que nós, mulheres, podemos e temos muito a contribuir ao ocupar espaços predominantemente machistas como o do audiovisual. Seu olhar único nos instiga a ousar e pensar em novas formas de fazer cinema.”
– Jaqueline Corradi

“Pra mim ela representa um cinema que se compromete com as pessoas. Acho que é o que mais gosto. Ela firma um pacto com você em cada história. Ela tinha um jeito único de falar sobre as pessoas e olhar para o mundo de um jeito simples e muito sincero.”
– Jessica Bandeira

“O que mais gosto da Varda é a simplicidade no filmar, e o afeto e o carinho pelo que observa.”
– João Rabello

“Ela vê a vida de uma forma muito delicada e bonita e consegue passar isso muito bem nos seus filmes. Olhar o mundo pela ótica dela é maravilhoso. Adoro como ela bota a vida dela, seus sentimentos, nos próprios documentários. Me sinto próxima dela. E ela é uma inspiração de velhice ativa!”
– Julia Alimonda

“Agnès me serve de inspiração faz algum tempo. Toda a maneira de ela ver o mundo é encantadora, dura e ao mesmo tempo poética. Vai fazer falta, mas que viva seu legado.”
– Juliane Passari

“Pra mim, ela é a definição de artista. O fascínio de Varda pela vida transbordava em tudo o que ela fazia. O seu amor incondicional por contar histórias me emociona e me motiva todo dia a seguir seus passos. Ela foi, acima de tudo, uma pessoa que soube viver a vida ao máximo.”
– Letícia Paiva

“Para mim ela é tudo, transformou a minha vida e o meu olhar. Uma das maiores cineastas da história independente do gênero, a verdadeira pioneira da nouvelle vague e uma das artistas mais transgressoras que esse universo viu. Corajosa!”
– Lorenna Montenegro

“O primeiro contato que tive com o cinema francês e com o cinema dirigido por mulheres foi com Varda. Por me fazer procurar filmes de mulheres e, consequentemente, aprender na medida do possível outras realidades, ela fez parte da construção do que sou (ou tento ser) hoje.”
– Victor Martins


Luísa Pécora é jornalista e criadora do Mulher no Cinema

Foto do topo: Fadel Senna/AFP/Getty Images

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