Conheça os filmes dirigidos por mulheres na Mostra de Cinemas Africanos

A quarta edição da Mostra de Cinemas Africanos será realizada de 10 a 17 de julho no Cinesesc, em São Paulo (SP). Com curadoria de Ana Camila e Beatriz Leal, o evento reúne filmes africanos e afrodiaspóricos, muitos deles exibidos em importantes festivais internacionais.

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É o caso, por exemplo, de Rafiki, de Wanuri Kahiu, primeiro filme queniano selecionado para o Festival de Cannes, que foi proibido em seu país de origem pelo que o governo chamou de “temática homossexual e clara intenção em promover o lesbianismo”; e também de Sofia, da marroquina Meryem Benm’Barek, ganhador do prêmio de roteiro na seção Um Certo Olhar do festival francês.

Abaixo, confira os longas e curtas-metragens dirigidos por mulheres que estão na programação da Mostra de Cinemas Africanos. Para informações sobre dia e horário de exibição, acesse o site do Cinesesc.


“O Africano que Queria Voar” – [The African Who Wanted to Fly, Gabão/França/Bélgica/China, 2016]
Luc é um menino de nove anos que vive no Gabão no ano de 1979. Um dia, ele assiste a um filme de kung fu pela primeira vez e tem uma verdadeira revelação: os chineses sabem voar. Luc, então, fica completamente obcecado em aprender a voar também. Dirigido por Samantha Biffot.


“Ame Quem Você Ama” – [Love the One You Love, África do Sul, 2014]
Terri e Sandile decidem dar um tempo em seu relacionamento, apesar da resistência de amigos e familiares. Eugene vê provas de que ele e sua ex-noiva foram feitos um para o outro e decide tentar reconquistá-la. Por meio de histórias paralelas, o filme de Jenna Bass reflete sobre amor, felicidade e a nova África do Sul.


“A Dança Das Máscaras” – [The Sound of Masks, África do Sul/Portugal, 2018]
Atanásio Nyusi é um poderoso contador de histórias, além de um lendário dançarino de Mapiko, manifestação cultural típica do Moçambique. Neste filme, ele conduz o espectador em uma jornada surreal que entrelaça o passado colonial e o presente de seu país. Dirigido por Sara CF Gouveia.


“Irmandade” – [Brotherhood, Canadá/Tunísia/Catar/Suécia, 2018]
Mohamed é um rígido pastor que vive na zona rural da Tunísia com sua esposa e dois filhos. Ele fica  abalado quando seu filho mais velho, Malik, retorna para casa após uma longa viagem com uma misteriosa nova esposa. Ao longo de três dias, a tensão entre pai e filho aumenta. Direção de Meryam Joobeur.


“Kasala!” – [Nigéria, 2018]
Um jovem de um subúrbio de Lagos pega o carro de seu tio para se divertir com os amigos. As coisas se complicam quando eles sofrem um acidente e têm apenas cinco horas para conseguir dinheiro e consertar o dano antes que o tio perceba o que aconteceu. Dirigido por Ema Edosio.


“Lua Nova” – [New Moon, Quênia, 2018]
A cineasta Philippa Ndisi-Herrmann embarca em uma jornada de autoconhecimento para entender os caminhos da sua própria fé. Neste documentário, acompanhamos a diretora na descoberta de uma nova espiritualidade e no confronto às contradições e complexidades da religião que escolheu para si.


“A Luta De Silas” – [Silas, África do Sul/Quênia/Canadá, 2017]
Com uma rede de dedicados repórteres-cidadãos ao seu lado, o experiente ativista liberiano Silas Siakor desafia o status quo de corrupção e nepotismo e trava uma importante luta pelas comunidades locais. A histórias de Silas é o tema do filme dirigido por Anjali Nayar e Hawa Essuman.


“Nora” – [Moçambique/Estados Unidos/Reino Unido, 2008]
O filme de Alla Kovgan e David Hinton é baseado nas memórias de infância da dançarina autoexilada do Zimbábue Nora Chipaumire. Usando performance e dança, ela conta sua história em um poema de som e imagens que se movem rapidamente. A trilha sonora é de Thomas Mapfumo, famoso músico do país.


“Rafiki” – [África do Sul/Quênia/França/Holanda/Alemanha/Noruega, 2018]
Dirigido por Wanuri Kahiu e baseado em conto de Monica Arac de Nyeko, narra a história das garotas quenianas Kena e Ziki. Apesar da rivalidade entre suas famílias, elas tornam-se amigas e se ajudam na busca por seus sonhos. Quando a amizade vira amor, têm de enfrentar uma sociedade conservadora. Leia a crítica 


“Sofia” – [França/Catar/Bélgica, 2018]
Sofia é uma jovem de 20 anos que mora com os pais em Casablanca, no Marrocos. Ao dar à luz sem estar casada, ela infringe as leis do país e tem apenas 24 horas para providenciar a documentação sobre quem é o pai da criança. Dirigido por Meryem Benm’Barek, ganhou o prêmio de roteiro na seção Um Certo Olhar de Cannes.


Luísa Pécora é jornalista, criadora e editora do Mulher no Cinema

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